Práxis
ando em busca do estímulo certo para fazer as coisas cujos prazos têm cada vez mais ficado perto do fim. mas esse tópico vai ser, diferentemente dos outros, leve e sereno. não que ele reflita cem porcento a fase que estou vivendo, até mesmo porque acho que nunca vou estar cem porcento leve e sereno. mas tenho sentido uma maior força surgindo nos últimos dias. acho que, de certa forma, tenho rompido com resquícios do passado que ainda me faziam pensar sobre coisas que não aconteceram por N motivos, e isso tem-me feito bastante bem. da experiência pessoal para a argumentação... da experiência pro wannabe-empírico. e, se temos tal experiência, o que falta para que o wannabe torne-se de fato o simples be, o simples factual? se disponho de armas para saber o que esperar de certas situações, que eu as use! de qualquer forma, a transposição da teoria para a prática sempre foi algo que me fez sentir descompassado. a teoria X pode explicar o mundo, desde que as coisas sejam somente ideias, não reais. a realidade sempre surge para colocar a teoria à prova, e a teoria cai por terra por vezes. mas ainda acho que há formas mais sensíveis de explicarem-se certos fenômenos que devem ser simples por natureza, mas que a paradoxal natureza humana, sobrepondo-se à simplicidade do resto da própria natureza, que não a humana, teima em tornar difícil. os relacionamentos deveriam ser simples, a vida profissional deveria ser simples, a motivação financeira deveria ser simples. nesse caso, creio que a simplicidade entraria em choque com a normalidade. explico-me: para que as coisas fossem de fato simples, precisaríamos de que elas todas fossem comuns a todos, não atiçando a própria natureza humana. se comuns a todos, não há como se almejar algo diferente, pois o diferente não existiria. a não-existência do diferente criaria um mundo vigiado pelo big brother, já preconizado por orwell. as pessoas seriam simples átomos de uma sociedade que deve funcionar da maneira X. não. não daria certo. não haveria consciência de que existem outras possibilidades, mas até fazer com que a consciência não exista, já nos perderíamos. não dá. não faz sentido. teoria falha, caída por terra, desmontada pela praticidade das ações humanas. bom, culpa de quem? da existência de escolhas! mas ela vai continuar existindo. não é tão fácil fazer com que teoria e prática se adjunjam. é melhor deixar as coisas como estão. mas eu estou feliz. estou feliz porque estou quase lá, quase na minha adequação semântica projetada. e não é tão complicado ter prazer em dar prazer. é?
1 Comments:
At 08:40, hires héglan said…
Bah! Texto maravilhoso! Só me resta dizer:
O livre-arbítrio, esse cachorro cheio de desntes esperando comer a escolha errada!
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